A equipe SAG tem o prazer de trazer a todos os amantes de motovelocidade uma entrevista acelarando fundo com Guto Nejaim, locutor esportivo da Sportv.
Stop and Go: Como surgiu seu interesse pela motovelocidade e pelo automobilismo?
Guto Nejaim: Surgiram o interesse por mim...rsrs.. Na verdade, quando a gente quer ser narrador, sabe que tem que saber de tudo um pouco. Havia feito algumas pouquíssimas etapas da Moto GP, isso porque já fazia o X-Fighters, o qual tenho um carinho enorme, já que foi minha primeira narração no canal. Foi quando fiz a etapa que o Shoya Tomisawa sofreu aquele fatídicio acidente. Houve um elogio grande aqui no canal e o pessoal resolveu apostar, até porque, o Sérgio Mauricio, que era quem fazia sempre, estava passando pelo mesmo processo que eu. Havia uma aposta muito grande nele no vôlei
SAG: Como profissional, qual foi sua primeira reportagem no automobilismo?
GN: Nunca fiz nenhuma. Até pensei em fazer um programa com o Fausto, mas ficou na ideia mesmo, já que a gente tem pouquíssimo tempo aqui no canal. Um dia a gente está na moto, no outro no futebol, em outro dia basquete e por aí vai. Comecei aparecendo como repórter, mas nos esportes radicais. Depois parti direto pra narração. E nem pensei em escrever sobre, porque o blog do Fausto é completo, satisfaz com tranquilidade
SAG: Algum profissional inspirou sua forma de narrar as corridas? Quem foi?
GN: Ah, o Sérgio Mauricio, sem dúvida! Narra demais. Tenho um respeito e carinho muito grande por ele. A vibração dele eu tiro pra todas as narrações. Um dos dias mais felizes na minha profissão foi quando ele disse pra mim que havia visto em casa e achou que estava "bom demais". Ali eu vi que estava no caminho, já que tinha meu estilo
SAG: Quais os maiores obstáculos que já enfrentou até chegar onde você está?
GN: No caso da moto? A aceitação do público, que é muito segmentado. E são pessoas que, muitas vezes, sabem muito, até por serem mais velhas e acompanharem há muitos anos. O público é muito difícil de agradar. Qualquer um. É necessário humildade, paciência e tempo, tempo mesmo. Mas tudo isso sem perder sua essência. Saber respeitar e ser respeitado. Porque, afinal de contas, vc está trabalhando, e tentando fazer o melhor, levar alegria e informação a quem está em casa. Mas, no início, a questão é que vc invade a casa do telespectador. Ele tá lá, no SEU sofá, com o SEU controle remoto, da SUA tv e vem você, que ele nunca ouviu antes, entra na casa dele sem pedir licença... o cara para e diz, "ué.. quem é esse aí?"...rs.. aquilo, por si só, já é motivo de desconfiança. E confiança leva tempo, né?
SAG: Qual a sua preparação para uma transmissão ao vivo?
GN: Estudar muito!! Ler bastante!! Converso sempre com o Fausto antes, a gente resenha mesmo, é engraçado. A gente se muitas vezes de manhã, ele na redação, na minha frente e eu tenho que fazer outro evento, por exemplo... A gente pouco conversa, a não ser que haja algum acontecimento naquela semana que já saibamos que estará na transmissão. Mas, no dia, a gente sai conversando, batendo papos, falamos sobre as notícias do blog... só que hoje em dia é bem mais tranquila a transmissão, a gente tá muito "azeitado". Antigamente eu entrava muito mais pilhado; hoje vou tranquilo, calmo, sereno... e a voz tem que estar tinindo, pq são 4 hs falando...rsrs
SAG: Como aconteceu o convite para narrar a Motovelocidade e o X-Fighters?
GN: Então, foi o que te falei lá em cima: o X-Fighters começou aqui no Sportv junto comigo...rs... E nem ao vivo era. E como eu fazia muita coisa de esportes radicais, e tinha uma corrente do setor querendo que eu fosse narrador, huove uma investida, nos eventos sendo gravados. O primeiro comentarista com quem trabalhei foi o... Fausto! rsrs... Depois, o X-fighters passou a ser ao vivo e hoje é o sucesso que é, levando 100 mil pessoas pra Esplanada dos Ministérios, como a gente viu esse ano. Quanto a moto, existe uma corrente - bem positiva por sinal - da segmentação de alguns esportes. É claro que ninguém é dono de esporte nenhum, nem dá pra fazer isso no futebol, mas a ideia é que o assinante se acostume com aquela voz, com aquele trabalho, que vc se sinta na transmissão mesmo, já imaginando com será. é muito legal isso. A gente vê isso com o Sérgio no vôlei, o Roby no basquete, o João na natação, o Daniel no futsal, o Lucas no atletismo, eu na moto e nos radicais. É claro que a gente faz tudo e qualquer um pode fazer a moto, mas tem sido assim e é ótimo isso
SAG: Desde quando você acompanha a Motovelocidade? O que mais chama a sua atenção nessa categoria?
GN: Há muito tempo, porque já trabalho no Sportv há 10 anos quase. Antes de narrar, já fui produtor e coordenador de eventos. Já curtia, gostava e trabalhei muito no evento sem estar narrando. O que me chama atenção é a moto 2. É demais, e ano qeu vema moto 3 será muito boa, embora com adaptações a serem feitas pra 2013, o que é natural pra uma categoria nova
SAG: Qual foi a sensação de comentar a primeira corrida da moto de sua carreira? Quando foi e qual etapa?
GN: Sabe que não me lembro?? Ahahahahah... Me pegou de surpresa
SAG: Como é trabalhar ao lado de Fausto Macieira nas transmissões do Sportv?
GN: Maravilhoso. Sabe muito e é um grande amigo. Foi o responsável por eu ser o que sou hoje na moto, principalmente aos olhos dos telespectadores (os que gostam das narrações, claro...rs)... Ele faz um lobby danado pra eu comprar uma moto...rs... Já falei pra ele que vou comprar, pra ele ter calma...rs
SAG: Qual a sua expectativa para a estréia de Eric Granado na temporada 2012 da Moto2?
GN: Caramba, total!! Finalmente teremos um representante, e a família motovelô está carente, está ansiosa por isso!! Mas veja bem: a expectativa é grande, porém realista. Há a necessidade dele conhecer a "instituição" moto2: os circuitos, a moto, o estilo, os pilotos, "se" conhecer... entrosar mesmo. será um ano de adaptação, o que também é perfeitamente compreensível. É importante que o torcedor entenda isso
SAG: Já teve a oportunidade de pilotar uma moto da categoria da motovelocidade? Qual foi a sensação?
GN: Sou um motoqueiro sem moto!! ahahahahaha... Mas tinha vontade, sou apaixonado por motos
SAG: Você já realizou alguma transmissão do X-Fighters in loco tirando Roma e Brasil? Como foi fazer esse trabalho?
GN: O primeiro X-Fighters no Brasil, em 2008, no Sambódromo. Indescritível! Mas espero que ano que vem possamos estar em mais etapas in locco. É uma sensação única ver os pilotos ali, na sua frente. Da mesma forma que foi ver os do Air Race. Demais.
SAG: Qual a categoria que gostaria de narrar que ainda não teve oportunidade?
GN: Nascar. É demorada, mais é muito bacana, é rústica e moderna ao mesmo tempo... dá sensação de arena, de competição no sentido mais puro da palavra. Mas o que queria mesmo era narrar uma etapa da motovelô in locco. Isso seria espetacular
SAG: Qual foi sua maior dificuldade em uma transmissão de esporte a motor?
GN: Conhecer os pilotos e conquistar o público. Saber que estava sendo avaliado por vários "Faustos"...rsrsrs
SAG: Qual recado você deixaria para os amantes de automobilismo que acompanham o Blog Stop and Go?
GN: Acelerem!! Mas com responsabilidade e capacete!
Crédito da foto: site goleada de informações
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