A equipe SAG tem o prazer de trazer a todos os amantes do automobilismo uma entrevista a toda velocidade com Djalma Fogaça, piloto da Fórmula Truck.
SAG: Essa temporada para Ford foi muito complicada, foi uma temporada muito difícil, vocês sofreram com muitas quebras, mas qual foi o balanço do senhor em relação a essa temporada?
DF: O balanço é.. pra gente foi terrível né.. a equipe tem treze anos trabalhando com os caminhões Ford, e nós nunca fizemos.. a pior temporada nossa foi infinitamente melhor do que essa, uma coisa que não existe e infelizmente aconteceu com a gente, muitas quebras de motor, passamos por três preparadores de motor durante o ano e chega agora no fim do ano e tamo ai praticamente cumprindo tabela sem nenhuma.. é na realidade um avanço nos caminhões ou tentando melhorar alguma coisa, só no carro do Danilo Dirani que ele está desde de Curitiba com uma eletrônica nova, uma eletrônica que a gente vai andar ano que vem e.. é isso.. esperar terminar ai pelo menos terminar a corrida, mas se você analisar os treinos ai os caminhões tão já.. é.. em ritmo de férias mesmo, porque todos estão na batalha tentando melhorar.. tentando melhorar, a gente tá tentando fazer um trabalho pra não quebrar então quando você.. você vai por esse caminho você abre mão da competitividade né, de ser mais agressivo no ajuste, a gente tá econômico no ajuste pra chegar ao fim da corrida e.. e.. e tentar é.. pelo menos terminar dignamente, mas a temporada é terrível.
SAG: Você acha que o maior desafio daqui da capital federal, do circuito aqui de Brasília é mais a resistência do equipamento por causa principalmente que é o circuito mais rápido da temporada e também pela temperatura?
DF: É sem dúvida, é resistência, mas a gente não tá trabalhando na resistência pensando em ganhar corrida, ser um trunfo pra ganhar corrida com isso, porque não tem.. os caminhões são dois segundos mais lento do que os outros, isso quer dizer não tem o que fazer então é tentar estar ali entre os dez pelo menos com Pedro Gomes que é o que tá melhor dos três e tentar chegar ao fim da corrida entre os dez.
SAG: E depois dessa temporada que não foi tão bom, já tem uma perspectiva para 2013 já de vocês conseguirem ficar entre os dez, entre os cinco primeiros e até ir para a disputa do campeonato?
DF: A gente teve um corte muito grande de orçamento da Ford, cortou 70%, quer dizer você olha um corte de 70%, nego fala num corte de 10%, de 15%, agora um corte de 70%, a proposta que tá pra aqui.. porque a gente não.. na realidade não temos nada certo pro ano que vem, perspectiva nenhuma e não tenho perspectiva na realidade nem de continuação da equipe, essa é a realidade, não tem piloto definido pro ano que vem, absolutamente nada e é terrível você chegar no fim do ano, a equipe com a história que tem, com o currículo que tem chegar nessa situação, mas acontece nas melhores famílias.
SAG: Qual foi a sua emoção depois de voltar as pistas depois de um tempo aposentado?
DF: Te falar bem a verdade nenhuma, foi o maior arrependimento e talvez um dos maiores erros da minha vida.. voltar a guiar, acho que não tem.. não porque.. porque ta nesse.. é claro que o momento ajuda né.. vai ver o treino eu fui 20º tempo, então eu não lembro de ter largado em 20º numa situação normal, você acelerando podes largar em 20º porque você não classificou, porque quebrou alguma coisa, porque foi desclassificado por fumaça aconteceu muitas vezes, agora você na pista foi 20º esse ano foi ridículo e.. então esse talvez tenha sido um grande erro e tudo na vida tem um propósito, eu não vi propósito nenhum na minha volta entendeu então.. agora pra te falar a verdade mesmo é.. eu coloco o macacão e fico com vergonha, me sinto mal, então.. vamo ver é bem provável que seja a última.