A equipe SAG tem o prazer de trazer a todos os amantes do automobilismo uma entrevista com Átila Abreu, piloto da Stock Car.
SAG: Como é que foi a corrida de hoje, já que você teve um pouco de dificuldade no treino classificatório?
AA: Pouco não, tive bastante dificuldade, e eu que não tinha ficado fora entre os dez até então, não tinha ficado fora do Q2, então largar da 18ª posição complicou bastante nossa vida, a gente não achou o acerto ideal, e Brasília por ser uma pista curta com quatro curvas qualquer décimo faz muita diferença, então eu tomei 4 décimos e meio da pole, então larguei em 18º pra gente ver o nível de competitividade, e realmente a gente faz algumas coisas já que a gente não consegue um acerto bom aqui em Brasília, a gente não consegue descobrir o motivo, as outras corridas eu larguei em segundo outra em quinto e sempre comecei a cair um pouco de ritmo, então essa corrida larguei em 18º eu sabia que as coisas seriam muito difíceis, foquei bastante na largada, a gente fez um acerto diferente pro carro, tentamos sair daqui aprendendo alguma coisa independente do resultado, eu acho que largando em 18º em Brasília e chegando em sexto, o que mais me deixa feliz é que a gente conseguiu evoluir na corrida, coisa que já não ocorria aqui em Brasília há duas etapas e o aprendizado que a gente leva pras próximas etapas, na verdade esse ano só Corrida do Milhão, que o foco da maioria dos pilotos é vencer, e o meu por todo ano complicado que eu tive passa se tornar meta, então eu acho que foi uma boa corrida, pra aprendizado, pra gente conhecer mais sobre o carro, tirar algumas informações, e obviamente também foi uma corrida divertida porque foi uma corrida que eu costumo dizer que eu troquei tinta com os adversários, teve bastante toque, empurranhãozinho daqui empurranhãozinho dali, mas foi aqueles empurranhãozinhos que o público gosta de ver, todo mundo respeitando seu espaço, um freando por fora outro freando por dentro, dando as encostadinhas, mas foi uma corrida boa, ali no finalzinho achei que o Cacá quase ia me pegar de novo, ai eu falei não é possível, já não basta o Velopark o homem vai me tirar aqui em Brasília também, sabia que ele tava com o pneu furado, então pra mim foi uma corrida divertida, acho que pra mim eu não to mais brigando pelo título, consegui garantir o rei das poles, o troféu superação, com o maior número de pole no ano e também somei bons pontos pra tentar terminar entre os dez, acho que pra mim agora passa a se tornar uma meta visando todo o ano ruim que a gente teve, desde que eu estreei na Stock Car terminei entre os dez, então não queria ficar fora, então por mais que o ano tenha sido difícil acho que a gente tem que se espelhar em alguma coisa, se agarrar em alguma coisa pra nos motivar, pra mim passa a ser essa minha motivação.
SAG: O que esperar da corrida de Interlagos, que vem Corrida do Milhão, a pontuação é dobrada, então ajuda mesmo que você não esteja competindo para ganhar a Stock Car, mas pelo menos você vai subir mais na pontuação?
AA: É se a gente parar pra pensar em termos de pontuação a corrida vale o dobro, então que ganhar é como se ganhasse duas de uma vez só, e você não terminar uma corrida lá prejudica muito em termos de campeonato, eu sei que os lideres ali, alguns vão ser mais cautelosos, eu acho que o Cacá agora parece que numa situação mais complicada deve vim arriscando mais, então cada piloto traça sua estratégia, a Corrida do Milhão por ser uma corrida diferente, regulamento diferente, já vimos piloto, o próprio Thiago Camilo ano passado lá ficou em 20º 21º e conseguiu ganhar a corrida na estratégia, então é uma corrida que a gente tem que pensar em todas as probabilidades, porque pode ter sol, pode ter chuva, pode começar seca e depois chover, vice-versa, mesmo que não tenha isto a gente pode pensar em número de safety car, o ano passado foi uma corrida que o limite, o combustível deu no limite pelo número de safety car que teve, então é uma coisa que a gente tem que ficar atento também, então são muitas variáveis, e além de tudo tem o prêmio de Hum Milhão de Reais, que obviamente pra mim não é o mais importante, porque eu gosto de correr, eu acho que o status da corrida é muito mais interessante, porque vem todo mundo com o objetivo só naquele prêmio, três, quatro ou dois vão tá brigando pelo título, o resto só por aquele prêmio, mas é Interlagos, é um templo do automobilismo brasileiro, esse ano tava ganhando lá faltando uma volta e meia tive um problema na bomba de combustível tava com a corrida mais de quatro segundos na frente do segundo, então acho que pra um piloto tem um lugar que a gente gostaria de ganhar, Interlagos pra mim é um desses, que passou muito perto nesse ano, o que me motiva é ganhar Interlagos, e ganhar a corrida por tudo que ela representa, obviamente eu ficaria muito feliz pelo dinheiro, divido isso com a minha equipe, eu acho que pra eles por tudo que eles trabalharam esse ano, se esforçaram, não deixaram a peteca cair mesmo quando a gente bateu na trave, bateu na trave, você pegar de 11 corridas eu abandonei 6, ou eu tava em primeiro ou em segundo, então você não deixar o pessoal se desmotivar com isso dai, que é normal né, a gente começa pô toda hora da errado, toda hora da errado, e ai o pessoal se desmotivou e a gente ta conseguindo da a volta por cima, sair dessa situação, eu to muito focado, determinado em tentar ganhar a Corrida do Milhão por tudo isso que eu falei.
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