quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Conexão SAG 2011 - Andersom Toso

A equipe SAG tem o prazer de trazer a todos os amantes do automobilismo uma entrevista a toda velocidade com Andersom Toso, piloto do GT Brasil.


SAG: Como surgiu seu interesse pelo automobilismo?

AT: Acho que quando eu nasci, rsrsrs, não me lembro de um dia na minha vida em que não pensasse em carro ou corrida.

SAG: Como é sua preparação para encarar um fim de semana de corrida?

AT: Procuro manter a forma regularmente, em semana de corrida, e neste ano foram mais de 20, procuro intensificar um pouco.

SAG: Qual foi a experiência de participar de uma temporada na Fórmula Truck?

AT: Importantíssima, depois de andar lá qualquer outro carro parece brinquedo. Não tenho mais temor de pilotar nada, caminhão é um desafio muito grande e acredito que é o carro de corrida que mais assusta em sua guiada. Fora isso foi a categoria que mais me projetou no automobilismo.

SAG: Qual a diferença entre guiar um caminhão e um carro de alta performance?

AT: Caminhão assusta e é muito técnico, porém na minha opinião não dá o mesmo prazer de um carro, no carro nos sentimos piloto, fazendo curvas no limite, de caminhão é muito de saber dosar e amansar a fera, sem tanta adrenalina e velocidade.

SAG: Como foi estrear no campeonato da GT Brasil?

AT: Já tinha andado em 2008 de Dodge Viper, cheguei a treinar de Ferrari F430, e este ano pude andar de Lamborghini. A experiência com este carro foi fantástica, o carro é tudo que um piloto sonha em guiar, foi tão bom que já fechamos a temporada de 2012 completa na GT3.

SAG: Quais as dificuldades para conseguir patrocínio no Brasil?

AT: Acho que o maior problema está na falta de incentivos fiscais por parte do governo, a gente vê isso em todos os países lá fora, teríamos que ter alguém brigando por isso aqui. Conseguir patrocínio no Brasil é muito complicado pois só empresas muito grandes medem o retorno que o automobilismo dá, e estas para 99% dos pilotos são inacessíveis. Andar de carro no Brasil é muito caro por conta de não haver nenhum subsídio para as equipes, é muito mais barato andar de GT na Europa ou em qualquer categoria semelhante nos EUA.

SAG: Você concorda com a rotatividade de pilotos que ocorre na Fórmula Truck?

AT: Eu não concordo mas entendo, estive lá por um ano e meio e entendi bem o porquê, porém prefiro não expor isso em respeito a muitos amigos que tenho lá.

SAG: Do circuito em que teve o prazer de pilotar, qual é seu favorito e qual o que mais exige do piloto?

AT: Meu favorito sem dúvida é Tarumã, como dizem os grandes pilotos, Tarumã separa os homens das crianças, lá se vai ao limite, é o cicuito mais rápido e desafiador do Brasil, pena que a infra estrutura é deficitária, o que parece que será resolvido em 2011. Quanto a exigência do piloto é Interlagos, pela extensão e pela variedade de curvas, quem anda bem lá anda em qualquer autódromo do Brasil.

SAG: Qual categoria você gostaria de competir que ainda não teve o prazer de participar?

AT: Olha, já rodei muitas e no Brasil só não andei na Stock principal, acho que o grande objetivo de todo piloto, não há como negar é de andar nela. Mas acho que em virtude do nível de investimento exigido está mais fácil eu acabar correndo em uma grande categoria de turismo na Europa.

SAG: Qual a maior dificuldade que enfrentou para se tornar um piloto de automobilismo?

AT: Dinheiro, sem ele ninguém é piloto, só com talento esquece. Pra começar a mostrar as caras no Kart tem que colocar grana e no Brasil não é pouco, então só pude realizar meu sonho depois de resolver a vida profissional e assim poder bancar o esporte.

SAG: Qual seria o ápice da sua carreira no automobilismo?

AT: Como eu disse antes, andar na Stock.

SAG: Quais seus planos para a temporada 2012?

AT: GT3 já confirmada com a Lamborghini 46, e talvez alguma coisa na Europa.

SAG: Qual recado você deixaria para os amantes de automobilismo que acompanham o Blog Stop and Go?

AT: Continuem acompanhando este esporte maravilhoso e viciante, e se gostam procurem se envolver mais, não é tão difícil quanto parece, basta ir aos autódromos, visitar equipes, conhecer pilotos, e viver um pouco mais dentro deste mundo, com certeza a paixão e o respeito por quem faz isso aumentará ainda mais.